quarta-feira, 18 de abril de 2012

da Loucura.

Uma coisa é certa: eu só venho parar aqui quando estou no ápice ou do tédio, ou da falta de vontade de fazer alguma coisa específica. Nesse momento, por exemplo, estou aqui sambando em cima do estudo dos fatos jurídicos e me lambuzando na segunda opção. 
A ideia de escrever sobre qualquer coisa me parece tão incrível e atraente, que entre o momento de largar o livro e ligar o computador, eu me inflo numa esperança tão única que acho que qualquer textinho de bosta vai me transformar na ganhadora de um fictício "Brazil's Next Machado de Assis". Isso tudo, claro, passa rapidinho quando eu - por natureza -, antes de começar a escrever qualquer tipo de coisa, começo a ler outras na rede. 
Minha mente, então, começa a rolar a ladeira da vergonha abaixo, me obrigando a fazer facepalms capazes de furar minha cara de tanta vergonha, deixando todo um gosto rançoso de desprezo, raiva e desespero. Eu não vou ficar enchendo isso aqui de demagogias sobre "como é importante não julgar ninguém pelas aparências" ou "eu sei que eu não sou incrível". Porque, olha, pura mentira essa ladainha das aparências, redes sociais se alimentam disso e nós, ovelhinhas das redes sociais, fazemos isso sim, nem adianta vir com discurso diverso. E, claro, eu já estou cansada de saber que não sou incrível mesmo, foda-se. 
A questão é que a quantidade de gente idiota já chegou num ponto que está me agredindo. Doendo mesmo. Eu já vivia na eterna dúvida se eu era realmente uma pessoa muito chata, ou todo mundo gosta de ser babaca mesmo. E, juro, até agora não descobri a resposta para tamanha dúvida. 
Só que agora a coisa está pior: eu sinto necessidade real de não apagar o facebook e continuar a assistir o show de horror. Vai ver minha conduta encontra suas origens na galera ávida pelos sangues dos gladiadores. Vai ver, se realmente essa coisa de vida passada existe, eu era a louca que ficava gritando super animada com a galera morrendo na forca. Vai ver eu sou maluca mesmo. Isso só mostra que os séculos passam, mas a gente será para sempre um bando de doentes. E eu fazendo parte e alimentando tudo isso.
Só me resta esperar que o "admitir é o primeiro passo" me sirva de alguma coisa.