segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Manic Pixie Dream Girl

Um cara fodido. A razão (algum parente morreu, é um nerd excluído, entrou uma farpa no dedo do pé) realmente não importa. O que vale é estar fodido ou, ao menos, aparentar estar.  Incapaz de seguir sozinho e encarar seus próprios problemas, limita-se a demonstrar o quanto se identifica com letras do The Cure, ou qualquer banda de "cara fodido" congênere.

Até que aparece uma garota. Mas não pode ser uma simples garota. Além de bonita, ela tem que aparentar ser maluca. Uma maluca graciosa, daquelas que não são malucas de verdade, mas surpreendem o cara fodido com a realização de alguma conduta fora dos padrões. Contudo, não basta ser só bonita, maluca e graciosa - isso quase todas são - o mais importante é que a garota tem que ser uma psicóloga nata, e achar normal não receber quaisquer honorários. Seu papel se limita a salvar o cara fodido. Ela não tem outra razão para viver. Sem as pompas e glórias de super-heróis. A garota tem que trabalhar seus poderes paranormais na modéstia.

O final da história acaba sendo previsível. O cara não deixa de ser realmente fodido, mas tem uma garota para lhe lembrar que a vida é linda e ele, em favor da arte, deixa de ser fodido por breves momentos até a próxima crise existencial. Assim, tudo termina, mais uma vez, com algo malucadamente gracioso da garota que provoca a uma urgência física de tudo terminar num lindo beijo e os créditos começam a aparecer, junto de uma música bonita, dando tudo por resolvido.

Do outro lado, pegando a bolsa e saindo da sessão, a garota normal, sem graduação em psicologia, desastrada e talvez um pouco maluca, acha, em um primeiro momento, tudo lindo. O cara fodido é muito gato e, nossa, ele realmente parece amar bastante a garota, dá para ver pelos olhos dele.


"Own". 


Passados os efeitos da música açucarada dos créditos, voltando a respirar o ar de fora do cinema, a realidade aparece em formato de cem palhaços rebolativos, cada um com placas em neon lembrando cada um de seus problemas. O que estava segurando a placa "falta de dinheiro" demonstrou-se especialmente empolgado, embalado na velocidade seis do créu, enquanto a garota cogitava comprar um ovomaltine.

"Ah, vá, fodida sou eu".


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Vida, essa tragicomédia.

 "I will someday make an optimist out of you". Disse meu namorado ontem. Em inglês mesmo, mania dele. Deu a  entender que eu sou uma pessimista crônica e nunca fui otimista um dia, o que é - apenas em parte - uma inverdade. Talvez nos cinco anos em que, até agora, ele conviveu comigo, eu, realmente, tenha derramado água do copo só para ver ele ainda mais vazio. Mas eu já fui muito otimista, ao ponto de ser constantemente xingada por esse comportamento.

Algo aconteceu. E, sinceramente, não consigo definir ao certo o que fora. Talvez a faculdade, talvez a idade, talvez o fato da indústria fonográfica ter dado espaço para tanta banda ruim. Não sei. Só sei que há quase uma década eu me identifico muito mais com os Woody Allens e congêneres que com Madres Teresa de Calcutá.

Tanto, que retirando pontos específicos sobre a velhice, o fato de produzir milhões de filmes e ser um cara incrível, a entrevista do diretor-ator ao The Talks poderia ter sido feita comigo e eu daria, sem brilhantismo,  as mesmas perspectivas sobre a vida.

Então, segue uns trechos do Woody jogando a real na sua cara, sem dó nem piedade:

 I have a very grim, pessimistic view of it. (...) I do feel that’s it’s a grim, painful, nightmarish, meaningless experience and that the only way that you can be happy is if you tell yourself some lies and deceive yourself.
But I am not the first person to say this or even the most articulate person. It was said by Nietzsche, it was said by Freud, it was said by Eugene O’Neill. One must have one’s delusions to live. If you look at life too honestly and clearly, life becomes unbearable because it’s a pretty grim enterprise, you will admit.
Woddy, inclusive, bem sabe que o maior problema da vida não são as guerras, fome, bomba atômica, mas sim o maldito cotidiano #whitepeopleproblems.
 Checking in at an airport or at hotel, handling my relationships with other people, going for a walk, exchanging things in a store… I’ve been working on the same Olympus Typewriter since I was sixteen – and it still looks like new. All of my films were written on that typewriter, but until recently I couldn’t even change the color ribbon myself. There were times when I would invite people over to dinner just so they would change the ribbon. It’s a tragedy.
E enterra de vez essa coisa hollywoodiana de que envelhecer é um lindo processo. Na verdade, é a maior merda mesmo.
 There is no advantage getting older. You don’t get smarter, you don’t get wiser, you don’t get more mellow, you don’t get more kindly, nothing good happens. Your back hurts more, you get more indigestion, your eyesight isn’t as good, you need a hearing aid. It’s a bad business getting old and I would advise you not to do it if you can avoid it. It doesn’t have a romantic quality.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

TV FAMA.

Não sou a maior fã dos assuntos polêmicos. Ponto. O motivo é simples: eles são polêmicos. Com eles e deles pessoas discordam, ficam irritadas, proclamam guerras. A situação piora quando eu, por puro desleixo, lembro que sou formada em direito. Eu deveria amar assuntos polêmicos. Dormir de conchinha com assuntos polêmicos. Mas não deu, literalmente. Do meu irrelevante ponto de vista, o mundo seria muito mais simples se todos contentassem-se em concordar com apenas uma coisa: o fato de que discordamos da opinião de (quase) todos o tempo inteiro. Mas, nãonãonão, somos muito teimosos para admitir que, talvez, a outra pessoa até tenha argumentos convincentes. Go to hell with your "give peace a chance", we all want to fucking win, irão querer dizer nas entrelinhas.

Feita essa diretiva e deprimente introdução, chegarei no que realmente, e surpreendentemente, e hipocritamente de minha parte, quero falar nesse post. Aborto. O top 3 dos assuntos mais polêmicos da história humana, seguido, em apertada competição, por religião e política (que, como todos estamos cansados de saber, são as duas coisinhas que mais complicam a discussão sobre o próprio aborto).

Tudo isso porque, empolgada assistindo The Newsroom, parei de ir seca na seção "books & fiction" da New Yorker e comecei a ler artigos da área da política americana. Foi o momento em que me deparei com o texto "Of Babies and Beans: Paul Ryan on abortion", do Adam Gopnik. O artigo faz uma cobertura do debate entre os candidatos a Vice Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden e Paul Ryan, dedicando-se, principalmente a fazer uma análise crítica aos comentários que o vice de Mitt Romney nos fez o desfavor de apresentar ao mundo.

Não querendo tomar partido de qualquer um dos pólos da política americana (Will Mcavoy ficaria orgulhoso), vou me limitar a transcrever um trecho do artigo (pedindo que vocês desconsiderem as críticas ao Paul Ryan) que conseguiu resumir, em poucas linhas, tudo que eu pensei até hoje sobre a polêmica, mas nunca consegui explicar tão bem:

 The fundamental condition of life is that it develops, making it tricky sometimes to say when it’s fully grown and when it isn’t, but always easy to say that there is a difference and that that difference is, well, human life itself. It is this double knowledge that impacts any grownup thinking about abortion: that it isn’t life that’s sacred—the world is full of life, much of which Paul Ryan wants to cut down and exploit and eat done medium rare. It is conscious, thinking life that counts, and where and exactly how it begins (and ends) is so complex a judgment that wise men and women, including some on the Supreme Court, have decided that it is best left, at least at its moments of maximum ambiguity, to the individual conscience (and the individual conscience’s doctor). The cost of simplifying this truth is immense cruelty—cruelty to the bean when, truly developed, it becomes a frightened teen-ager who is to be compelled by law to carry her unwished-for pregnancy through with all the trauma that involves. This kind of cruelty—cruelty to real persons, killing the infidel in order to hasten him into heaven, stoning the fourteen-year-old girl in pursuit of some prophet’s view of virtue, forcing the teenager to complete her pregnancy to fulfill a middle-aged man’s moral hunches—is the kind of cruelty that our liberal founders saw with terror.

Ryan talked facilely of what “science” says in this case. But what real science has to tell us, of course, very different; it says that life has no neat on and off, that while life may in some sense begin at conception, the moment when the formed consciousness that distinguishes human life from bean life arises is a very different question, not reducible to a dogma or a simple claim. A bean isn’t a baby; a baby was once a bean, and between those two truths it is, or ought to be, every woman for herself.

What is unquestionable is that the kind of fully conscious life that everyone claims to prize already belongs to the woman who happens to be pregnant, and it should be her individual moral conscience that, in a society devoted to the individual, ought to rule. One reason we prize life is because it makes minds. And women, who have them, should be free to make up their own.

 Não há nada de novo no argumento. Existem milhões de textos defendendo os mesmo argumentos. Mas me deparei com esse resumo tão bom sobre um assunto tão complicado e resolvi dividir essa polêmica do meu jeito: copiando e colando.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Diários de uma indefinida.

Possivelmente, sinal de que não há completa certeza, ela escolheu, pressupondo que houve direito de escolha, o caminho mais complicado. 
Digo, ela nasceu, cresceu e viveu toda sua vida em um lugar onde ser medíocre é visto com ares de superioridade social. Onde o grande objetivo na vida é ter uma piscina, casa, carro maiores que o do vizinho, mesmo que tudo isso não pareça nem um pouco funcional. 
Ora, piscinas grandes são apenas mais espaço para a possibilidade de afogamento. Casas grandes significam mais espaço para o ladrão se esconder. E carros grandes, bem, são muito mais complicados para estacionar. Diga: "isso é comum no mundo inteiro". Digo: "é mesmo". Mas duvido que a incidência seja tão evidente quanto em outros lugares, até mesmo os congêneres. 
Longe de qualquer visão determinista, se desenvolveu - junto a outros poucos - estranha. Ao mesmo tempo em que discorda de tudo que vê, ouve e até cheira, não consegue se desvincular e largar tudo e ir embora. Seria a consciência? A ideia de que não seria capaz de se virar sozinha, de deixar tudo de lado? Possivelmente. O cordão umbilical traz um paradoxal sentimento de quem é por ele alimentado: a satisfação da segurança e o asco da falta de liberdade.
Por não ter desenvolvido nenhum dom especial, viu-se encurralada a escolher - mesmo com certa certeza à época - um caminho bem comum. Comum, medíocre, que o seja. Pareceu fácil. E até que foi por um tempo, quando a pouca responsabilidade se fantasiava de compromisso acadêmico. Só que como a vida não é bolinho, a trilha escolhida, finalmente, começou a apresentar seus vilões, antes escondidos entre os troncos dessa floresta.
"Isso é comum no mundo inteiro", diriam. "É mesmo", digo. Mas pergunta a ela se não dói.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

World War III

Eu sempre me achei uma pessoa muito pacífica. Daquelas que aguenta amiga pentelha, chefe chato e pais mal humorados. Não sei ao certo se isso é algo bom ou ruim, nem nunca parei para fazer lista de prós e contras. Ocorre que, talvez pelo meu despreparo para o "combate", eu acabo soando apenas como um canhão apontado para o nada, atirando em ninguém. Uma arma desgovernada. Ou então um Woody Allen aloprado no meio do campo de combate, como em Love and Death. Não planejando como abater o "inimigo" ou afundada em trincheira soltando pequenos tiros, quando tenho um festim de coragem.

Mas a prática demonstra que meu Exército é bem fraco e está com muitas baixas. A maioria das vezes porque eu só estou a complicar a minha vida mesmo. Acredito que isso também tenha sido causado pela falta de situações combativas na minha vida, ou costume com rivais que propositalmente "perdiam" por mim. Acabou-se criando uma suposta guerreira mimada montando seu império absoluto. Karolina, a Soberba. Por isso, talvez seja muito complicado aceitar que invadam meu território e obriguem "meu povo" a fazer coisas que eu não considero muito legais. Por menores que sejam. Fico só esperando que os diplomatas apareçam me pedindo perdão. 

Só preciso aprender que isso nunca ocorre nesse meu mundinho.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

9 de mayo.

Os noves de maio da minha vida seguem uma rotina coreografada. Esse dia - que acabo de descobrir que é o Dia do Orgasmo em Esperantina, no Piauí - não guarda, em mim, nenhum tipo de sensação prazerosa. É o dia que acorda medroso, esperançoso por bons humores, que tentam assim ser, mas chegam às 21 hrs, ou antes, do dia e desabam no desgosto. Foram sempre os noves de maio que me fizeram desiludir na vida e perceber, desde muito pequena, que onde existem as maiores expectativas é que vão ocorrer as maiores decepções. 

Sempre desejo uma vida mansa a esses noves de maio. E sempre retornarei a desejar, mesmo que eles insistam em  convencer o contrário.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

da Loucura.

Uma coisa é certa: eu só venho parar aqui quando estou no ápice ou do tédio, ou da falta de vontade de fazer alguma coisa específica. Nesse momento, por exemplo, estou aqui sambando em cima do estudo dos fatos jurídicos e me lambuzando na segunda opção. 
A ideia de escrever sobre qualquer coisa me parece tão incrível e atraente, que entre o momento de largar o livro e ligar o computador, eu me inflo numa esperança tão única que acho que qualquer textinho de bosta vai me transformar na ganhadora de um fictício "Brazil's Next Machado de Assis". Isso tudo, claro, passa rapidinho quando eu - por natureza -, antes de começar a escrever qualquer tipo de coisa, começo a ler outras na rede. 
Minha mente, então, começa a rolar a ladeira da vergonha abaixo, me obrigando a fazer facepalms capazes de furar minha cara de tanta vergonha, deixando todo um gosto rançoso de desprezo, raiva e desespero. Eu não vou ficar enchendo isso aqui de demagogias sobre "como é importante não julgar ninguém pelas aparências" ou "eu sei que eu não sou incrível". Porque, olha, pura mentira essa ladainha das aparências, redes sociais se alimentam disso e nós, ovelhinhas das redes sociais, fazemos isso sim, nem adianta vir com discurso diverso. E, claro, eu já estou cansada de saber que não sou incrível mesmo, foda-se. 
A questão é que a quantidade de gente idiota já chegou num ponto que está me agredindo. Doendo mesmo. Eu já vivia na eterna dúvida se eu era realmente uma pessoa muito chata, ou todo mundo gosta de ser babaca mesmo. E, juro, até agora não descobri a resposta para tamanha dúvida. 
Só que agora a coisa está pior: eu sinto necessidade real de não apagar o facebook e continuar a assistir o show de horror. Vai ver minha conduta encontra suas origens na galera ávida pelos sangues dos gladiadores. Vai ver, se realmente essa coisa de vida passada existe, eu era a louca que ficava gritando super animada com a galera morrendo na forca. Vai ver eu sou maluca mesmo. Isso só mostra que os séculos passam, mas a gente será para sempre um bando de doentes. E eu fazendo parte e alimentando tudo isso.
Só me resta esperar que o "admitir é o primeiro passo" me sirva de alguma coisa.

sábado, 31 de março de 2012

Esse limbo em que me encontro - dos vinte aos vinte cinco anos -, sem produzir sequer  um centavo suficiente para comprar aquela comida carinha que fica rolando toda gostosa na nossa cara, é, para dizer pouco, um gigante pleonástico balaio de merda fedida. É nesse momento que começam, também, a acontecer coisas chatas: tipo coleguinhas que se mudam para cidade grande, enchendo seu instagram de inveja. Acontece que sou uma pessoa formada em ser medíocre, sobrando horas flexíveis e faltando o "talento" para conseguir um emprego. E meu diploma foi enfiado na minha gaveta, junto com milhares de coisas do curso, as quais torço para que comecem a desintegrar e se transformem em algo mais útil. Sim, adubo.

Deparar com um blog de uma conhecida sobre maquiagem só me deu essa vontade súbita de declarar que estou cansada. Então, beijos.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

On the road (a long time ago)

Perdi a manhã fazendo uma limpeza geral no meu computador. Ele sofre do mesmo problema do meu armário: eu acho lindo e funcional tudo bem organizado, mas não consigo manter a tal organização por mais de dois dias e o resultado acaba não sendo muito bonito. Então, assim como acontece com meus surtos de armário, eu acordei com vontade de arrumar o computador. Vai entender.

Ao meio de milhões de imagens patéticas indo para a lixeira, eu encontrei umas fotos que eu tirei em uma viagem que fiz com a minha família em junho/julho de 2010, quando passeamos por diversas cidades como Curitiba, Rio de Janeiro, Niterói, Parati, Petrópolis, São Paulo, Campinas e Campos do Jordão. Foi, então, uma porrada de lugares. Eu não sou fotógrafa e nem me acho algo próximo disso. Minha câmera não é boa e eu não tenho verba para nada melhor. Ainda assim, sinto um forte carinho pelas fotos que eu tirei nos cartões postais que visitei. Claro que eu nunca tinha muito tempo para concentrar para fotografar, sempre tinha algum parente me importunando ou reclamando da demora. Sem contar que em certos pontos turísticos, caso do Cristo Redentor, você tem que disputar espaço com uma galera muito grande. Mas eu fiz o melhor que pude.

Aliado a isso, eu descobri que o pixlr funciona além das barreiras do Iphone e derivados e completei meu dia colocando filtros nas fotos, já que sempre tive problemas com as cores reais das coisas, meio como um escapismo da realidade.
































domingo, 8 de janeiro de 2012

On the road (without a camera).

Dia desses coloquei em prática meu plano de turistar meu próprio Estado (claro, que teve um claro empurrão do meu tio que veio de São Paulo e queria visitar o interior) e pegamos a estrada até a cidade de Penedo, a vizinha rica de Piaçabuçu onde uma parte da minha família deita suas raízes.

Depois de descobrir, após anos acreditando em meu avô, que quem nasce em Piaçabuçu não é piaçabucetense, e comprar umas broas gostosas na casa da vizinha do meu tio-avô, fomos para Penedo. A cidade é linda e, principalmente, fotografável.

Fiquei muito triste por não ter uma câmera decente e mais ainda por ter esquecido a minha câmera indecente em casa. Fiquei na mão do iphone. E, como hoje estou sem nenhuma vergonha de ser feliz, vou compartilhar algumas fotos (sendo a maioria dela de pisos de Igreja) de Penedo naquela qualidade podre de todo iphone que não é, nem de perto, da última geração.

Lá vai: